quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Juro do crédito cai pela sexta vez seguida e é o menor desde 2007


As taxas de juros das operações de crédito tiveram em julho sua sexta queda mensal consecutiva, segundo levantamento da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). A taxa média para a pessoa física caiu de 7,26% em junho para 7,21%, a menor desde dezembro de 2007.

“A pesquisa deste mês demonstra o retorno das condições de crédito anteriores à crise em setembro/2008, tanto no alongamento dos prazos dos financiamentos bem como na redução dos juros das operações de crédito”, avalia em nota Miguel de Oliveira, vice-presidente da Anefac.

De acordo com a pesquisa, das seis linhas de crédito para a pessoa física pesquisadas, cinco viram as taxas médias de juros recuarem entre junho e julho.

No caso do cheque especial, a taxa média caiu de 7,54% ao mês para 7,44%, a menor da série histórica da Anefac, iniciada em 1995.

Tiveram queda ainda as taxas médias cobradas pelo comércio (de 6,06% para 6,04%), crédito direto ao consumidor (de 2,78% para 2,75%), empréstimo pessoal em bancos (de 5,30% para 5,26%) e empréstimo pessoal em financeiras (de 11,17% para 11,09%).

A taxa média de juros do cartão de crédito foi a única a se manter estável na passagem de junho para julho, em 10,56% ao mês – a maior desde julho de 2000.

O levantamento da Anefac mostrou ainda que houve redução das taxas médias de juros cobradas em todas as linhas de crédito para as pessoas jurídicas pesquisadas. A taxa média geral apresentou uma redução de 0,06 ponto percentual no mês, passando de 4,12% ao mês em junho para 4,06% ao mês em julho. A taxa é a menor desde dezembro de 2007.


Mais redução

Segundo avaliação do presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), a análise da Anefac está correta, mas é fundamental que os bancos privados intensifiquem a redução de juros. "A redução da taxa de juros tende realmente a ser maior no balcão do que a própria Taxa Selic. Mas é bom registrar que as diversas linhas de crédito dos bancos brasileiros ainda trabalham com juros elevados. É preciso reduzi-los para se chegar a patamar de razoabilidade", defendeu.

Berzoini disse ainda que a Caixa Econômica e o Banco do Brasil estão exercendo o papel idealizado para essas instituições. "É o papel de indutores de redução de juros. Os bancos públicos saíram na frente e, reduzindo suas taxas, induzem a redução das taxas dos bancos privados. Os bancos privados perderam mercado na crise porque foram muito conservadores, e o Banco do Brasil e a CEF saíram na frente e reduziram taxas. O BB tem como ampliar ainda mais sua participação no mercado e também há espaço para os bancos privados reduzirem mais os juros", disse.

No estudo das linhas de crédito para pessoa jurídica, a Anefac também apontou queda da taxa em todas elas. A taxa de juros média passou de 4,12% (62,33% ao ano) em junho deste ano para 4,06% (61,22% ao ano) em julho. A queda da taxa também foi a maior desde dezembro de 2007 para pessoa jurídica.

Segundo Berzoini, o contexto da economia indica que o Brasil está deixando a crise, mas é preciso cautela porque a turbulência internacional ainda atinge as exportações e importações brasileiras. "A crise lá fora continua provocando efeitos nas exportações e queda nas importações. Mas, do ponto de vista do mercado interno, a crise, de fato, foi menor que uma marolinha", afirmou.

G1 / Liderança PT Câmara

Fonte: http://www.pt.org.br/portalpt/

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