A primeira Igreja Matriz de Ubatuba, dedicada a N.S. da Conceição,
localizava-se onde hoje se encontra o cruzamento das ruas Conceição e
Salvador Corrêa, correspondendo aos fundos da Câmara Municipal.
Como
aquele templo devia ser de reduzidas dimensões e achar-se em mau estado
de conservação, providenciou-se a construção de uma nova Igreja Matriz,
a atual, em melhor localização, de maiores dimensões e nova
arquitetura.
Isso se deu na segunda metade do século
XVIII ( 1700 ). De fato em ofício de 09 de Março de 1700, o secretário
do governo da então Província de São Paulo, dirigiu-se ao Capitão Mór da
Vila de Ubatuba, autorizando-o “a cobrar subsídios para a construção da
nova Matriz” ( Apontamento do arquivo do Estado ).
Em
20 de junho de 1834, a Câmara Ubatubense solicitou do governo da
Província, providências em favor daquelas obras. Novamente em 10 de
janeiro de 1835 a Câmara dirigiu-se ao mesmo solicitando providências
para “ereção” ou mesmo a reedificação da Matriz, da qual só existe a
Capela-Mór”.
De quanto acima, vê-se que em 1835 a
Matriz estava ainda em início de construção, as obras prosseguindo em
moroso andamento, enfrentando as dificuldades da época e a grandiosidade
do templo.
Nesse andamento, em 1866 foi acabada a
fachada, como se pode conferir no alto da porta principal, num gradil de
ferro. No princípio deste século somos testemunhas – a nave apresentava
acabamento razoável, enquanto da Capela-Mór só existia o arcabouço:
paredes e telhado, sem rebouco nas paredes, sem forro, o piso era chão
bruto.
São conhecidas algumas fotografias do fim do
século passado nas quais se vê a Igreja totalmente erguida, mas sem as
torres, ostentando apenas um lucernário sobre a Capela-Mór, onde
certamente estariam os sinos.
Atualmente a Igreja tem
uma torre: uma apenas que lhe dá a característica de inacabada. Por
informação de pessoa vivida nos fins do século passado, ficamos sabendo
que esta torre foi construída entre os de 1885-90. Na torre havia um
relógio de amplas dimensões que por muitos anos marcou a hora oficial
cidade. (Foi há pouco substituído por outro de idênticas dimensões,
atualmente inativo).
Contudo a Matriz continuava
necessitando de obras para a sua conclusão. Até 1913 muita coisa estava
ainda por fazer: exteriormente apenas a fachada era rebocada, todo o
restante, isto é, toda a nave e a Capela-Mór permaneciam sem
revestimento. A Capela-Mór não era usada por não ser rebocada no
exterior e interiormente; servia apenas para depósito de material bruto
por aproveitar.
O Altar-Mór, muito alto mas muito
simples, tinha forma de escada piramidal e estava posto na nave, junto a
parede que a separava da Capela-Mór. Em 1913 o Pe. Paschoal reale, não
podendo restaurar também a Igreja do Rosário que existia na atual Praça
Nossa Senhora da Paz, demoliu-a e com o material aproveitável e auxílios
angariados, fez rebocar, forrar e dotar de piso a Capela-Mór e
transferiu para lá o Alta-Mór.
Em 1915 o Pe. Reale,
mais uma vez aproveitando peças dos antigos altares da demolida Igreja
do Rosário, fez construir o Altar-Mór, onde as peças novas se podem ver,
colunas e molduras em outro estilo.
Em 1929 se fez o reboco externo da nave.
Em
1940 o Pe. Hans Beil, o padre João como era conhecido, pretendendo
substituir o velho assoalho de madeira por piso de ladrilho, ele mesmo
arrancou as largas e pesadas tábuas já apodrecidas, deixando a nave em
pleno areal. Mas o estado de guerra entre o nosso país e a Alemanha,
impôs ao Pe. João deixar a Paróquia antes de concluir o seu intento.
Substituiu-o o Pe. Ovídio Simon que realizou a obra.
A
partir de 1954 passaram a tomar conta da nossa Paróquia os Frades
Franciscanos Menores Conventuais. Frei Tarcísio Miotto, Frei Vittório
Valentini, Frei Vittório Infantino, Frei Pio Populin ( que hoje ainda
mora aqui ) e outros, dispensaram sua atenção e carinho para a nossa
Matriz.
Em 1980 o então pároco Frei Angélico Manenti
que corajosamente empreendeu a execução das mais ousadas obras de
restauração do nosso tempo. Assim foi trocado todo o madeiramento
superior apodrecido, decorando o interior da nave, restaurados os dois
corredores laterais, substituído todo o reboco externo, o calçamento
externo até a total pintura externa, só faltaram o novo relógio da torre
e um novo conjunto de sinos, como aqueles outros que há anos, ecoavam
harmoniosamente no céu ubatubense.
Nos anos 80 também foi construída a Igreja São Francisco de Assis, que fica ao lado do Lar Vicentino ( O Centro Catequético ).
Nos
anos 90 mais precisamente no de 1995, com a chegada do Frei Ismael
Stangherlin, a Igreja Matriz foi informatizada, sendo que consta em seu
banco de dados registros de Batizados, Casamentos, alguns de Crisma,
Dízimos, dados estes, colhidos no livros existentes desde 1917 e nos
dias de hoje temos também a internet.
Desde 1998 está
aqui como pároco, Frei Gastone Pozzobon e tem como ajudantes Frei Pio
Populin, Frei Itacir Gasperin e Frei Lauro Diogo. Frei Gastone vem
lutando para conseguir a reforma da nossa Igreja Matriz, mas fica muito
caro e assim, muito difícil de conseguir.
Em 01 de Maio
de 1999 teve início a nova Diocese, agora em Caraguatatuba e com o
primeiro bispo franciscano Dom Frei Fernando Mason, que nos idos anos 70
foi vigário em nossa Paróquia.
No dia 03 de Setembro
de 2001, teve início a tão esperada reforma, por isso contamos com a
ajuda de toda comunidade. Em fevereiro de 2002, Frei Itacir é
transferido para Cascavel e chega Frei José, que nos idos dos anos 90 já
esteve por aqui. Em 20 de Abril de 2002, foram ordenados 05 diáconos,
sendo eles: Isaias, Nelson, Macedo, Castilho e Joel. Em fevereiro de
2003 Frei Lauro também é transferido e chega na Paróquia o Frei Aldo
Pietrobon, vindo de Guaraniaçú – PR.
Também em janeiro
de 2002, a capela Nossa Senhora de Fátima, no bairro do Ipiranguinha,
passa ser Paróquia e começa a divisão das capelas. Em Maio de 2003 a
capela são Benedito do bairro da Estufa, também passou a ser Paróquia e
lá se vai mais capelas. Dia 28/07/2003 deu-se início da restauração dos
altares laterais e o Altar-Mor teve que ser totalmente reconstruído. A
restauração demorou seis meses para ser concluída, ficando pronta no dia
17/01/2004.
Neste ano de 2004, mais precisamente no
mês de Março, a capela Imaculada Conceição do Perequê-Açú também passou a
ser Paróquia e diminuindo ainda mais as nossas capelas, agora contamos
apenas com 06 capelas, sendo elas: Itaguá, Enseada, Perequê-Mirim (praia
e sertão), Lázaro e Rio Escuro.
Ainda neste ano de
2004, no mês de julho, a Igreja Matriz ganhou a pintura externa das
paredes, portas e janelas, vindo de um benfeitor que prefere não ser
identificado, mas ficamos imensamente agradecidos a ele por esse gesto, a
Igreja estava mesmo precisando desta pintura.
Em
Janeiro de 2005, frei Gastone Pozzobon deixa a direção da nossa Paróquia
que por sete anos esteve à frente, levando adiante os projetos e
passa-a para Frei Aldo Pietrobom. Frei Aldo já está procurando meios
para consertar o telhado da Igreja, (entregou ao nosso governador
Geraldo Alckmin no dia 26/03, uma carta pedindo ajuda), pois desde 1886
quando foi ali colocado não mais foi trocado e é de extrema prioridade.
Este
resumo, até a altura dos anos 80, foi feito pelo Sr. Washington de
Oliveira (o seu Filhinho como era conhecido) que no passado foi prefeito
da cidade de Ubatuba por duas vezes e também escreveu alguns livros a
respeito da cidade, do povo e documentário. O autor deste resumo
infelizmente também já nos deixou, indo para mais perto do Nosso Pai
(Nasc. 30/03/1906 – 19/01/2001) e desde então estamos tentando levar
adiante esta obra.
Endereço: Rua Dona Maria Alves, 125 – Centro - Ubatuba
Telefone: 3832-1325
Horário da Santa Missa
Segunda: 19h30
Terça-Feira 07h30
Quarta-Feira à Sábado: 07h30 e 19h30
Domingo: 07h30, 18h30 e 20h00
Dia do Santo Padroeiro: 14 de Setembro
Postado pela Assessoria de Imprensa – 28/01/2012
Fonte: http://www.matrizubatuba.com.br/
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