sexta-feira, 5 de agosto de 2011

O desordenado turismo em Ubatuba – parte II

Cachoeira do Tombador - Ubatumirim

Com o objetivo de chamarmos a atenção da população para o debate da questão, no dia 26/07, publicamos a matéria “O desordenado turismo em Ubatuba”, destacando também que a cidade não possui, até o momento, um planejamento turístico sustentável que garanta o fluxo contínuo de turistas ao município.

E de fato, salta aos olhos, a falta de planejamento da atual Administração Municipal para com o setor turístico, o mais importante da nossa economia.

Mas, como já dissemos anteriormente, apesar de possuirmos incontáveis belezas naturais e praias belíssimas, bem como um vasto acervo histórico e cultural, observa-se que todos estes atrativos turísticos não estão tendo a devida atenção ou os cuidados necessários, como forma de garantirmos um fluxo contínuo de turistas ao município.

Vamos começar pelas cachoeiras, que também foi destaque na matéria do colunista Julinho Mendes (*), publicado no dia 28/07, no site “O Guaruça”.

Além daquelas relacionadas pelo colunista em férias, como a do Poço Verde no Itamambuca, a Cachoeira do Prumirim, a Escorregosa do Puruba, a Escada do Camburi, a Cachoeira dos Macacos, no Horto Florestal, a Lisa do Corcovado e a Água Branca no Sertão da Quina, ainda temos muito mais. Vamos citar outras, apenas para completar o rol de belezas naturais, sem qualquer crítica ao colunista que tem publicado o que há de melhor quando o assunto é Ubatuba. 

Mas, vamos lá. Temos a Cachoeira do Tombador, no Sertão do Ubatumirim, a Cachoeira da Laje, também no Ubatumirim, a Cachoeira da Serra ou Pé da Serra, no bairro da Figueira (Horto), a Cachoeira da Sete Quedas do Sertão da Quina e a Cachoeira do Ipiranguinha.

Com certeza esquecemos de algumas. Ali no Ubatumirim, tem várias cachoeiras como a do Figo, que segundo informações é parte da Cachoeira do Ingá que nasce na serra e segue até o Poço do Cedro, passando antes pelas cachoeiras do Cristovão, da Laje e por fim, desaguando no Poço do Cedro.

Mas, por fim, o que todas elas têm em comum? Água! Infelizmente não. Natureza! Infelizmente não. Além de inexistir um guia de localização das mesmas, “num roteiro de águas doces e cantantes” - emprestamos a frase -(*), na verdade o que elas têm em comum é a omissão da administração municipal para com os mais belos atrativos turísticos da nossa cidade.

Além da limpeza, do acesso, ou melhor, da falta deles, não há placas de orientação aos turistas, nem tampouco banheiros. Algumas cachoeiras ainda possuem uma lanchonete, bar, comércio ou barracas de alimentação, como ocorre na Água Branca no Sertão da Quina. Mas, convenhamos é muito pouco para uma atração turística como essa.

O que se vê é muito triste. A cachoeira do Prumirim muito freqüentada pelos turistas, pois fica próximo a BR 101, ainda hoje, não tem sequer banheiro. O pessoal faz tudo no meio do mato ou debaixo da ponte. O cara estaciona o carro na rodovia e desce um pequeno trecho, na verdade uma “picada”, no meio do mato para poder curtir as geladas e revigorantes águas da cachoeira. 
Tudo muito desorganizado, amador, omissivo etc. O que sobra é somente a beleza dessa maravilha da natureza

Na verdade, o que estamos vendo é a falta de planejamento do destino turístico e porque não dizer a total e indignante omissão da administração municipal para com o setor turístico de nossa cidade.

Postado pela Assessoria do PT de Ubatuba – 05/08/2011
(*) A ver navios, também nas cachoeiras – O Guaruça/Julinho Mendes – 28/07/11

1 comentários:

wagner_nog disse...

Assim como já escrevi na primeira parte, volto a ratificar, o que temos no poder público, são "autistas" que enxergam o que querem e não a realidade. A cidade não tem tratado de maneira apropriada os seus visitantes, não há estacionamentos, quando necessário, isto é, quando temos um fim de semana prolongado, o excesso de carros "engessa" a cidade, tornando a mobilidade em uma fonte de atrito e não uma solução que possibilite ao visitante um conforto e em decorrência, utilize mais e melhor nossos serviços e nossos produtos.
Pensar a cidade, faz com que o visitante gaste os seus recursos - capital - de forma mais intensa. Passeios em trilhas; escunas; locais culturais e comércio em geral, tornam-se obrigatórios em uma cidade que planeja o turismo, advindo, desta forma, toda uma geração de renda e empregos que fortalecem a economia interna do município. Agora, não se faz política pública, voltada ao turismo, com a competência (quero dizer, com a falta) que observamos na atual gestão.
Aqui, não é pensado o turismo como fundamento econômico. Usa-se como artifício de promoção pessoal e propaganda enganosa. Se nós, como comunidade carente de recursos, percebemos este fato, temos que mudar a gestão e o pensamento reinante na atual administração pública, pois, os políticos de maior destaque que atualmente ocupam cargos públicos da cidade, não o fizeram e não o fazem, DEIXANDO BEM CLARO A NECESSIDADE DE UMA MUDANÇA RADICAL, para que possamos acompanhar o desenvolvimento do nosso País!
Em Tempo, lembro que o FAMIGERADO FESTIVAL DE VERÃO, em uma data inapropriada, não trás, não melhora, não cria nenhum possibilidade de aumentarmos o faturamento na única parte do ano que se pode dizer que temos alguma lucratividade. É mais uma atitude tresloucada para inventar uma propaganda enganosa e, assim, avacalhar com o transito e o comércio da cidade. Temos que criar festivais e atrair turistas por todo o ano. No verão, já temos uma lotação plena e não há como agregar mais visitantes com um produto tão inapropriado para as férias.

 
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