O desrespeito ao meio ambiente tem marcado os governos tucanos à frente do Estado de São Paulo. São muitos exemplos de ações, ou falta delas, que demonstram isso. Recente reportagem publicada pelo jornal “O Estado de São Paulo” revelou que a Dersa entregou apenas um parque, de sete prometidos, como compensação ambiental do Rodoanel Sul.
A Bancada do PT, inclusive, protocolou requerimento junto à Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável convocando audiência pública para discutir o assunto. Municípios cortados pelo Trecho Sul foram informados de que os parques seriam entregues pelo Dersa até o fim do ano passado. A empresa seria responsável por desapropriar as áreas, cercá-las e construir prédios e equipamentos necessários para depois entregá-los às prefeituras.
Até agora, apenas o parque de Embu foi repassado. Todos os outros (Bororé, Varginha, Itaim, Jaceguava, Riacho Grande e Itapecerica) ganharam novo prazo de entrega: o segundo semestre deste ano. Mas até a única unidade considerada pronta pelo Dersa está distante de se tornar parque.
“No momento em que o Trecho Leste está na iminência do início das obras e o Trecho Norte em fase de licenciamento e licitação, cabe a esta Comissão acompanhar as medidas de preservação do meio ambiente decorrentes da construção desta obra rodoviária de grande porte”, declarou o líder da Bancada do PT, deputado Enio Tatto.
O impacto ambiental do Trecho Norte do Rodoanel também tem sido pauta de debates levantados pela Bancada. Pela atual proposta de traçado apresentada pelo governo, haveria milhares de pessoas desalojadas, desmatamento de reserva ambiental, isolamento de bairros, prejuízo à mobilidade, além de danos à infraestrutura de vias e equipamentos públicos.
Além disso, o governo do Estado deve aplicar R$ 5 bilhões em uma obra que pode aumentar o problema de enchentes na Capital. O cálculo inicial indica que devem ser suprimidos 98 hectares de vegetação nativa e especialistas alertam para, entre outras questões, o risco de mais enchentes em São Paulo. Por outro lado, os gastos anunciados pelo governador Alckmin para o combate às enchentes é seis vezes menor– R$ 800 milhões.
Enchentes
O governo do Estado destinou 75% dos gastos no combate às enchentes dos últimos 10 anos nas obras de rebaixamento da Calha do Tietê. E todos esse recurso foi, na verdade, desperdiçado já que o próprio Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) confirmou a suspensão no serviço de escavação, recolhimento e transporte dos dejetos que se acumulam no fundo do leito do rio. Foram três anos, de 2006 a 2008, sem a devida limpeza, o que resultou em grandes enchentes.
Com relação aos piscinões, a gestão do ex-governador José Serra havia prometido a construção de 134 reservatórios em todo o Estado, ma só entregou 43. Além disso, transferiu a responsabilidade de limpeza e manutenção para as prefeituras, que já haviam cedido os terrenos para a construção dos piscinões. Como nem sempre as prefeituras têm verbas para efetuar a limpeza periódica, os reservatórios não são utilizados em toda a sua capacidade, o que favorece as enchentes, independente do volume de chuvas.
E o governador Alckmin seguiu pelo mesmo caminho ao cortar R$ 35 milhões da verba destinada à construção de novos piscinões.
Na semana do meio ambiente – 5 de junho é o dia mundial do meio ambiente – os paulistas, infelizmente, não têm motivos para comemorar.
Postado pela Assessoria de Imprensa do PT de Ubatuba - 07/06/2011
Fonte PT Alesp
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