quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Folha sabatinou Marta


Na sabatina da Folha, Marta deixou claro o centro das divergências que opõem o PT a administração demo-tucana.
Para estes últimos, o Estado deve ser reduzido a sua mínima expressão. Não é por acaso que sempre se comparam com "gerentes" ou administração de empresa. Uma boa administração pública para eles, é a que dá lucro, no caso dinheiro aplicado no banco. Hoje mais de R$ 4 bi da prefeitura estão no banco: falta remédios, médicos, creches, habitação, e investimentos; mas o dinheiro está no banco. Mas isto não significa que sejam ecônomos ou comedidos em matéria de endividamento, carga tributária ou contratos a preços acima do mercado. Basta ver o endividamento em que deixaram o Brasil após 8 anos de FHC e o patamar em que deixaram a carga tributária, para perceber que é lorota o de austeros administradores.
Para o PT o Estado é um instrumento de redistribuição, permitindo que os impostos recolhidos na base de quem ganha mais e paga mais, sejam investidos em serviços a população "corrigindo" assim, em parte, a desigualdade social existente na sociedade.
As reduções de impostos não devem ser em detrimento da ação do Estado e sim para ampliar a geração de riqueza que sustente a ação redistributiva do próprio Estado.
Marta mostrou que a atual administração é incompetente para gastar, apesar das necessidades crescentes da população e da cidade, privilegiando as aplicações financeiras. Foi assim, incluso com o dinheiro federal, que não foi utilizado no SAMU por exemplo. Os exemplos, que Marta forneceu foram vários.
Marta mostrou que deixou as finanças em melhores condições que quando ela assumiu a prefeitura. Explicitando ao mesmo tempo, o esforço que significou recuperar São Paulo após a passagem de Pitta e tendo que pagar 13% do orçamento pela dívida negociada entre Pitta e FHC.
Mesmo assim, com R$ 10 Bilhões a menos em valores atualizados, Marta criou 800 equipes de Saúde da Família, contra 200 mais na atual gestão 150 das quais sem médicos. Construiu 45 UBS novas e municipalizou a saúde, iniciando a construção dos dois hospitais, M'BoiMirim e Cidade Tiradentes (Kassab transformou 99 UBS em AMA e criu 13 AMAS novas); Marta construiu 21 CEU's (contra 13 da atual gestão), construiu mais de 100 Km de corredores de ônibus, contra 8 Km da atual gestão; deu uniforme e material escolar; Vai e Volta; 8 programas sociais como o Renda Mínima, para quase 300 mil famílias.
Convidada a comentar o único programa implantado em 4 anos pela atual gestão, o Cidade Limpa, Marta mostrou que para ser limpa, a cidade precisa mais que proibir outdoors, ela precisa coleta seletiva, aterros sanitários, centrais de compostagem e recolher o lixo das favelas.
Nestas questões as concepções divergentes indicadas no começo desta nota foram ilustradas praticamente. Kassab pediu para reduzir o valor dos contratos e em contrapartida abriu mão destas exigências impostas por Marta nos contratos. A "economia", pífia, em troca de deixar o lixo nas favelas, com conseqüências ambientais e de saúde pesadas, não compensa.
Por último, Marta mostrou a importância de internet para entrar de cheio na era digital, combatendo a exclusão digital das maiorias e de propulsar significativamente a construção de metrô para recuperar o atraso gigantesco nesta área, após 14 anos de governos demo-tucanos dos quais 8 anos com FHC como presidente. LF

Fonte: http://blogdofavre.ig.com.br/2008/09/folha-sabatinou-marta/7650/

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