Para o coordenador do núcleo, Adolfo Pinheiro, o tratamento dado pela revista só serviu para reforçar que a mobilização é capaz de desarticular um movimento midiático falido e cada vez menos embasado na verdade.
Robôs. S/A Nazista do mundo virtual. Safados. Esses foram alguns dos adjetivos usados pela Revista Veja para definir o núcleo de Militância em Ambientes Virtuais (MAV) do PT. Enquanto para a maioria das pessoas a desinformação é a principal arma contra a democracia, a publicação defende que a organização do Partido na blogosfera – iniciativa pioneira na política – representa censura e repressão.
Em matéria publicada na edição de número 2269, sob o título “As táticas de guerrilha para manipular as redes sociais”, e também no blog do jornalista Reinaldo Azevedo – vinculado à publicação – o MAV é definido como “um grupo organizado pelo partido para policiar a rede. (...) Seu interesse, obviamente, não é levar informação a ninguém”.
Para o coordenador do núcleo, Adolfo Pinheiro, a reação inicial da militância foi de indignação, uma vez que termos pesados e mentirosos foram atribuídos às ações organizadas pelo grupo nas redes. Por outro lado, o tratamento dado pela revista só serviu para reforçar que a mobilização é capaz de desarticular um movimento midiático falido e cada vez menos embasado na verdade.
“É difícil se sentir ofendido por uma pessoa [em referência ao texto do Blog] que pensa tão pequeno, que sem me conhecer ou sem conhecer o movimento, nos compara ao movimento Nazista, mas acredito que cabe a cada um avaliar com quem está. O MAV está com o PT, com o Lula, com o Governo que tirou mais de 20 milhões da miséria e a Veja está com o [Carlinhos] Cachoeira. Aí está a grande diferença”.
Quando a internet assusta a velha mídia
Adolfo ressalta que ficaram claros os objetivos da revista. E foi esse o motivo principal para o caso ganhar destaque nos veículos de comunicação convencionais. Senso assim, além dos blogueiros “sujos”, alguns veículos de comunicação tidos como “convencionais” veicularam a tentativa frustrada da Veja de minar as ações petistas na rede.
“Ela [Veja] quer desqualificar um movimento que não pensa igual a ela, ou seja, ou você pensa como ela ou você é um robô. Na verdade, estamos falando de várias pessoas que multiplicam uma ação na internet contra um editorial que, a meu ver, é desqualificado a partir do momento em que alguém telefona e manda botar uma matéria – ainda mais se essa pessoa for quem é”, em referência direta ao bicheiro Carlinhos Cachoeira.
A articulação do MAV em outros estados, como Rio Grande do Norte, Paraná, Acre, e o processo de implantação em andamento em outras localidades como Rio de Janeiro e Minas Gerais parece assustar o jornalista. “(..) meus caros, já não se pense mais no PT como o partido que aparelha apenas sindicatos, movimentos sociais, ONGs, autarquias, estatais, fundos de pensão e, obviamente, o estado brasileiro. Não! Os petistas decidiram aparelhar também a Internet”, escreveu Azevedo.
“Eles estão preocupados porque a Internet é um campo ainda democrático onde você tem liberdade de falar. A partir do momento que a gente começa a se organizar e tomar as redes sociais, preocupa não só a Veja, como preocupa a Direita, que a gente sabe que criou um movimento para criar a censura na Internet, através da lei do [Eduardo] Azeredo, o AI5 Digital”.
Contraponto
A mobilização contra o golpe midiático da Veja, de acordo com Adolfo, não parte apenas do MAV. Há um grupo de pessoas que está cansada do oligopólio, pessoas sem vínculo partidário que compreenderam o papel das redes sociais na política. “Todo membro que participa do MAV sabe que uma das nossas lutas é a regulamentação dos meios de comunicação, que não tem nada a ver com censura. O que não pode acontecer é uma mídia ter partido e não publicar que tem partido ou favorece determinado partido. A gente está aí exatamente para fazer o contraponto”, conclui.
Postado pela Assessoria de Imprensa - 19/05/2012
Fonte: Portal Linha Direta
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