O turista que vem a Ubatuba define o seu destino de acordo com três requisitos, como os atrativos turísticos existentes, os equipamentos e serviços turísticos e a infraestrutura de apoio ao turismo, como transporte, saneamento básico, saúde, comunicação, etc.
Esses requisitos compõem o que chamamos de oferta turística e é com base nessa oferta que o visitante define a sua permanência ou não no município. A deficiência ou a inexistência da infraestrutura básica ou turística pode afastar o turista do município. O turista não quer ficar privado de luz, água, saneamento, comunicação, transportes, saúde etc.
A grande verdade é que
Ubatuba não tem uma infraestrutura de apoio ao turismo adequada a demanda
existente, alias mal consegue atender a população local.
Se o MSC Armonia estivesse
atracado em Ubatuba, encontrando o mesmo com uma epidemia ou em caso de um
acidente, obviamente que o serviço de saúde do município não teria condições de
fazer um atendimento adequado, de acordo com as normas internacionais de saúde.
Entretanto, vamos ser coerentes
com a questão, antes de sair por aí condenando o turismo náutico; nem tampouco
podemos ser levianos ao ponto de acabarmos com essa forma de turismo, até
porque de certo modo está havendo um pequeno incremento na economia local, já
tão combalida no período de baixa temporada.
Mas também não podemos
fechar os olhos para a questão. A Administração Municipal deve apresentar uma
solução para a saúde no município, que não seja a “ambulancioterapia”, ou seja,
a transferência dos pacientes para outras cidades como Caraguatatuba, São José
dos Campos e Taubaté, por apresentarem melhores condições de atendimento na
área de saúde.
A Santa Casa de Ubatuba,
única referência em saúde do município ainda padece da falta de recursos
financeiros, não solucionado pela intervenção realizada pela Prefeitura
Municipal. Os serviços médicos ainda se apresentam deficientes, não tendo
ocorrido uma melhora significativa na qualidade do atendimento da população.
Durante a temporada de
verão, período que antecede o carnaval, a população que é de 80.000 habitantes,
acaba quintuplicando, atingindo uma população em torno de 500.000 pessoas que
consomem de tudo um pouco.
O serviço de saúde já deficiente
fica caótico, tendo em vista a demanda ocasionada pelos visitantes, que voltam,
mas já sabem que em caso de doença, o certo é correr para Caraguatatuba ou
Taubaté o mais rápido possível.
Postado pela Assessoria de Imprensa – 29/02/2012
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