Uma
grande etapa foi vencida: a criação da Região Metropolitana do Vale do Paraíba–
a RMVale. Agora começam os novos desafios: qual será seu futuro?
Foram dez
anos de incubação para que nascesse o melhor projeto para a nossa região. Em
2001, o então deputado estadual Carlinhos Almeida apresentou a proposta;
depois, em 2007, a
Frente Parlamentar do Vale do Paraíba assumiu a iniciativa de apresentar o
projeto, e finalmente em 2011 – dez anos depois – o Governo do Estado aceita a
proposta e a envia para a Assembleia o projeto, que, já votado, agora é lei.
Na
verdade, a Região Metropolitana é mais um instrumento de gestão. E é importante
compreender a diferença entre instrumento de gestão e ações de solução.
Coma
efetiva criação da RM a população do Vale do Paraíba pode se questionar: “o que
vai melhorar para mim?”. Já os prefeitos provavelmente querem resposta para a
seguinte pergunta: o que minha cidade vai ganhar com isso?
Por isso
é importante deixar claro que como instrumento de gestão, a RMVale não é um
novo local de grandes reivindicações, manifestações, nem mesmo outro
Parlamento.
No
Parlamento discutem-se ideias, políticas, busca-se vencer por argumentos
ideológicos, conquista de espaços etc. Na Região Metropolitana, não. Se esse
novo instrumento de gestão for transformado em um parlamento, deixa de cumprir
seu papel de executivo para o qual foi criado.
Nãodefendo
que a RMVale deva fazer, de imediato, um conjunto de obras, ações e projetos
para serem executados. Defendo que, antes de mais nada, seja feito um
planejamento estratégico, com a participação dos 39 municípios, com
levantamento da realidade atual. Em seguida, devem ser apontados os principais
desafios, e o que se buscará a curto, médio e longo prazos.
Outro
ponto essencial é estabelecer metas e indicadores. Na área da saúde, por
exemplo, temos que considerar o índice da mortalidade infantil de hoje e o
quanto se deseja para daqui a cinco ou dez anos. A partir desse desafio
indicado, verificar quais as ações a serem executadas para se atingir a meta.
Assim
deve ser em todas as demais áreas: na educação, por exemplo, pode-se avaliar
quantos jovens estão tendo acesso ao nível universitário; qual o índice de
empregabilidade etc. No desenvolvimento econômico e social, qual o IDH de cada
cidade e o que se busca para o futuro.
Enfim,
2012 pode ser um ano rico se Governo e Municípios se unirem, acima de qualquer
disputa partidário-ideológica, para buscar um planejamento sério para colhermos
frutos num futuro próximo.
É um
desafio, já que também é ano eleitoral, e o tempo será dividido com as urnas.
Mas, tenho esperança que mesmo os prefeitos que não podem ser reeleitos (já
estão no segundo mandato) irão se comprometer a uma séria gestão; e tenho
esperança também que o Governo do Estado possa ser um catalisador, estimulando
uma discussão madura, ampla e eficaz sobre os assuntos concernentes à nova
Região Metropolitana.
A nós,
deputados estaduais e federais da região, cabem o dever e o compromisso de
acompanharmos de perto o andamento desse novo instrumento de gestão, para que
ele dê frutos, e agindo no Parlamento na direção que forem apontadas as
decisões da RMV.
De minha parte,
fique certo de que podem contar comigo, e tenho certeza que podem também contar
com os demais da nossa região.
Que não
sejamos imediatistas e nem gestores bombeiros, que preferem ficar apagando
incêndios; mas que sejamos protagonistas de uma nova história política na nossa
região.
Uma ótima RMVale a todos!
Crédito para Assessoria de Imprensa do deputado estadual Marco Aurélio (PT)
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