Investigação sobre envolvimento de Peixoto com o desvio de dinheiro é encaminhada ao Ministério Público
A
Polícia Federal concluiu nesta quinta-feira (1º) o inquérito que
apura a suspeita de envolvimento do prefeito e da primeira-dama de
Taubaté, o casal Roberto Peixoto (PMDB) e Luciana Peixoto, em uma organização
criminosa especializada em fraudar licitações e desviar dinheiro dos cofres
públicos, por meio de irregularidades nos contratos para compra de merenda
e medicamentos.
O inquérito foi encaminhado ontem pela Delegacia da PF de São José dos Campos ao Ministério Público Federal na capital, que vai analisar o que foi levantado pelos agentes. São três opções -- apresentar a denúncia à Justiça, solicitar novas diligências ou arquivar o caso (isso se o MPF considerar que não existe prova contra os investigados).
Inquérito/O delegado Ricardo Carneiro, que chefiou as investigações, iniciadas em setembro de 2009, informou ontem ao BOM DIA que o processo está em segredo de Justiça e, sendo assim, não poderia fornecer detalhes sobre o caso.
“Foram concluídas as investigações (...), em que se investigou, dentre outros crimes, fraudes em licitação, corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo funcionários públicos de Taubaté. Fica a critério do MPF analisar se resultará no oferecimento de denúncia contra os indiciados ou a requisição de novas diligências complementares”, disse ontem o delegado, em nota oficial à imprensa.
Corrupção/O BOM DIA, em contato com uma fonte central do
inquérito, obteve a informação de que o casal Peixoto teria sido indiciado. O
inquérito, entre outros, apurou crimes de lavagem de dinheiro, fraude,
falsidade ideológica, corrupção e formação de quadrilha.
A fonte, que concedeu entrevista com a condição de ter seu nome preservado, disse que a PF apurou a ligação de vereadores e do alto escalão do Executivo nas irregularidades.
A fonte, que concedeu entrevista com a condição de ter seu nome preservado, disse que a PF apurou a ligação de vereadores e do alto escalão do Executivo nas irregularidades.
O casal Peixoto e o ex-gerente de compras da prefeitura, Carlos Anderson dos Santos, foram presos dia 21 de junho pela PF na Operação Urupês -- que , além das prisões, cumpriu 13 mandados de busca e apreensão (3
Eles são acusados de fraudar licitações para
compra de merenda e remédios, em um esquema que teria começado a operar na
prefeitura em 2005.
Contratos
investigados somam R$ 30 milhões
Segundo a PF, o suposto esquema de corrupção envolveria pelo menos três empresas -- a EB Alimentação Escolar, a Sistal Alimentação de Coletividade e a Acert Serviços Administrativos. Os contratos investigados somam R$ 30 milhões. No inquérito, a PF apurou também a suposta compra de votos na campanha eleitoral de 2008. Peixoto é acusado de ter trocado votos por bolsas de estudo e terrenos. As denúncias foram feitas por seu ex-chefe de gabinete, Fernando Gigli, em 2009. Ele afirmou ao MP e à PF que o dinheiro teria sido investido em bens --- sítio (avaliado em R$ 250 mil), apartamento em Ubatuba (de R$ 200 mil), uma caminhonete (R$ 37 mil), joias, entre outros.
Defesa:
Peixoto é inocente
O
advogado do prefeito Roberto Peixoto (PMDB), Erich Castilhos, disse que entrará
com um requerimento na Corregedoria da PF por entender que houve
‘violação’ do sigilo do inquérito. “Não posso acusar ninguém, de onde
partiram as informações divulgadas pela imprensa, mas isso deve ser
investigado. Muita informação vazou, sendo que as investigações estão sob
segredo de justiça”, disse. A defesa avalia que o MPF não irá
denunciar Peixoto. Mas se isso ocorrer, os advogados prometem recorrer. “O
inquérito levou muito tempo para chegar ao fim, se o procurador não tiver por
dentro levará um tempo maior para ser encerrado, mas espero que isso
aconteça rápido. Caso o prefeito seja denunciado, ele terá mais uma
oportunidade de provar a população que ele é inocente.”
Postado
pela Assessoria de Imprensa – 03/12/2011
Crédito para Michele Mendes do Bom Dia Taubaté
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