Não há como negar que o principal meio de transporte em Ubatuba é a bicicleta. Todo morador ou moradora, adulto, criança, adolescente ou idoso desta cidade litorânea tem uma bicicleta.
Estima-se haver mais de 80 mil bicicletas em Ubatuba, ou seja, pouco mais de 1 bicicleta por habitante.
Bicicletarias, por exemplo, eu conheço algumas, como a Ciclo Guelinho, no fim da Av. Rio Grande do Sul. Na Av. Prof. Thomaz Galhardo, se não estou enganado deve ter umas três ou quatro, dentre tantas outras que respondem pela manutenção, conserto e pintura das bikes e magrelas.
Entretanto, apesar de termos tantas bicicletas e, principalmente, reconhecermos que, além de ser o principal meio de transporte, e exercer a mesma um forte papel social na vida dos caiçaras e dos demais moradores da cidade, apesar de tudo isso, ainda não temos efetivamente um projeto cicloviário a altura da nossa população.
Quando o programa cicloviário foi implantado em Ubatuba, no ano de 2005, através de uma parceria com o Ministério das Cidades, tinha a administração municipal o objetivo de reduzir o número de acidentes, que era bastante elevado, proporcionando aos ciclistas uma melhoria e uma maior segurança nos seus deslocamentos.
Hoje, após 6 anos, o que se vê é um projeto incompleto e inacabado, com pouco mais de 16 km de ciclovias, ciclofaixas e bike lanes ou ciclofaixas tipo Copenhagen que não chegam a lugar nenhum, não há uma interligação entre elas.
Se já não bastasse a falta de interligação entre as ciclovias ou ciclofaixas, os ciclistas ainda padecem com a falta de educação dos motoristas que descumprem a legislação de trânsito, pois invariavelmente ocupam as ciclofaixas e interrompem o deslocamento dos mesmos.
A administração municipal tem a obrigação neste momento de dar continuidade a esse projeto de mobilidade urbana, sob pena de ver retornar os inúmeros acidentes de trânsito, que espero tenham ficado no passado.
Ademais, não podemos deixar de destacar, que é visível o número acentuado de ciclistas que utilizam o acostamento das rodovias para os deslocamentos entre o centro e as praias. O perigo é constante.
Assim, deve a administração municipal proporcionar e implantar medidas que aumente a segurança daqueles que se deslocam pelas rodovias, tanto na Rio-Santos, como na Oswaldo Cruz e na Ubatuba-Caragua, principalmente, nos trechos da região urbana, como o da Estufa à Praia Grande.
Talvez, quem sabe, uma pista segregada nestes trechos seja uma forma de reduzir os problemas enfrentados pelos ciclistas, além de uma forte campanha de educação no trânsito. Setembro vem ai.
Postado pela Assessoria de Imprensa do PT de Ubatuba – 30/06/2011
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