sexta-feira, 13 de maio de 2011

Reajuste aos professores: nem tanto assim a comemorar...

O reajuste para os profissionais da educação anunciado pelo governador Alckmin merece análise criteriosa.

É evidente que o a proposta do governo, ainda que não atenda integralmente as reivindicações da categoria, confirma a vitória da garra, da disposição de luta inquebrantável que os professores vem apresentando anos a fio.

Somente a compreensão da necessidade de condições dignas no exercício do magistério para a melhoria da qualidade de ensino, pode manter o movimento da Educação.

Em razão da ausência de uma política salarial e do arrocho que os governos do PSDB submeteram os profissionais da Educação e o funcionalismo público em geral nos últimos 16 anos.

Com a implementação de gratificações e bônus que não são  incorporadas ao salário acumularam- se ao longos dos anos perdas constantes no poder aquisitivo aos trabalhadores,  por isso , não é difícil duvidar do otimismo exagerado do governo com o reajuste apresentado.

Vejamos, o anúncio feito e os reflexos no bolso dos professores:

-         13,8%  - em  01/07/2011
-         10,12%- em  01/07/2012
-         06,%    - em  01/07/2013
-          07%    - em  01/07/2014
Total de 42,2% em um período de quatro anos.
Os funcionários da escola receberão 21,3% este ano. Em 2012 será  de 5%, em 2013 6%, e em 2014,  7%.
Estes índices serão aplicados no salário base, sem incidência sobre as gratificações. Considerando as gratificações incorporadas, o reajuste ficará em  8,35%, para jornada de 40 horas. Pela tabela que o governo apresentou o salário inicial teria um aumento de R$ 229,07 Entretanto, R$ 92,00 são referentes à gratificação que o professor já recebe. Assim, o reajuste real é de R$ 137,07 a mais por mês.
Além disso, a inflação do período desses quatro anos projetada na LDO  é de 5% para 2012  e 4,5% nos dois outros anos e chegaria a 22,2% nesse período, metade das perdas acumuladas.
A reivindicação da Apeoesp é a reposição de 36,74%  já, para repor as perdas acumuladas desde 1998 e uma política salarial que reponha anualmente a inflação,para manter minimamente o poder aquisitivo dos profissionais da Educação.
A proposta do Sindicato abrange  374.884 profissionais da Educação na ativa e aposentado.
O governo paulista poderia usar o excesso de arrecadação previsto para R$ 5 bilhões em 2011 para de fato ressarcir as perdas do magistério e funcionários de escolas. Um reajuste de 12% ao ano cobriria as perdas acumuladas e daria reajuste para eliminar o efeito da inflação projetada até 2014. Aí sim teríamos motivos razoáveis para comemorar.

Assessoria de Educação e
Assessoria de Finanças da Bancada do PT


Postado por Assessoria de Imprensa do PT de Ubatuba - 13/05/2011
 

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