sábado, 5 de setembro de 2009

Mantega: Crise financeira ficou para trás e Brasil está em franca recuperação

Matéria atualizada às 15h .

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta sexta-feira (4), em Londres, que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu entre 1,8% e 2% no segundo trimestre deste ano, na comparação com os primeiros três meses de 2009.

Os países membros do grupo Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) se reuniram nesta sexta em Londres, antes do encontro de ministros de G-20 - grupo das 20 maiores economias industrializadas e em desenvolvimento do mundo - marcado para este sábado (5).

O ministro avalia que ainda não é hora de adotar estratégias de saída porque o Brasil não teve o mesmo comprometimento fiscal que os outros países - os pacotes de estímulo no país representaram apenas 1% do PIB.

Segundo Mantega, em julho e agosto, a economia brasileira deu fortes sinais de aceleração da recuperação em razão da retomada da produção industrial, disse o ministro.

Conforme Mantega, a economia voltará a andar sozinha no futuro, mas esse momento ainda não chegou. Ele afirmou que não há novas desonerações à vista no Brasil, mas que continuará alerta.

O ministrou frisou que mantém sua previsão de crescimento de 1% do PIB neste ano e espera aumento de 5% em 2010.

Segundo ele, as medidas de combate à crise já adotadas estão surtindo efeito. Mesmo assim, o ministro é contra a adoção de estratégias de saída neste momento e avalia que as medidas anticíclicas devem ser mantidas no País, ponto defendido também pelos demais países do grupo Bric.


Regulamentação

Ele destacou que, na reunião de amanhã, o Brasil também vai apresentar uma proposta de regulamentação do sistema financeiro internacional. "Não se consolidou ainda uma nova arquitetura com regras mais claras, com limites para a ação do capital especulativo. O Brasil já tem isso e eu vou apresentar uma proposta de como ter isso em escala internacional.”

O ministro disse ainda que o Brasil e outros países considerados emergentes vão cobrar a aceleração no processo de reformas no Fundo Monetário Internacional (FMI). Por pressão do próprio grupo, a data da reforma foi antecipada de 2013 para 2011, mas Mantega quer que já fique claro, na reunião de Pittsburgh, nos Estados Unidos, que o percentual de cotas sairá das mãos dos países desenvolvidos.

"Janeiro de 2011 é uma data boa, mas quero antecipar o início da dança. Propomos que 7% das ações que estão com os países ricos passem aos emergentes e que tenhamos igualdade acionária", disse. Ele acrescentou que, com isso, países como Brasil, Índia e China podem pôr mais dinheiro no fundo. “Sabemos que, mesmo antes dessa crise, o Bric [grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e China] e emergentes já estavam à frente do crescimento. Depois dessa crise, isso será ainda mais verdadeiro.”

Para o ministro, o fortalecimento do G20 em detrimento do G8 - composto pelos sete países mais industrializados do mundo e a Rússia - está vindo "espontaneamente". "Nunca vi tanta reunião do G20. Já é o fórum mais importante da economia mundial e representa os países mais importantes do globo, mais de 80% do PIB [Produto Interno Bruto, a soma de bens e serviços produzidos por todos os países do planeta] mundial.”

Segundo ele, os países do Bric também vão discutir, na reunião preparatória de hoje (4), a proposta do Brasil de substituição do dólar por moedas locais no comércio entre os quatro membros do bloco. "Temos que amadurecer essa proposta, ou com troca em moeda local ou com swaps, créditos recíprocos em moeda local".

Com agências

Fonte: http://www.pt.org.br/portalpt/index.php

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