quinta-feira, 11 de junho de 2009

Parlamentares, lideranças e centrais sindicais se unem em defesa da Petrobras


Mais uma atividade em defesa da Petrobras reuniu no Auditório Franco Montoro da Assembléia Legislativa de São Paulo parlamentares, lideranças políticas e sindicalistas, numa grande manifestação suprapartidária. A iniciativa foi das Bancadas do PT na Câmara dos Deputados, Assembleia Legislativa e Câmara Municipal de São Paulo.
A CPI da Petrobrás foi criada pelos opositores ao governo Lula com objetivos políticos partidários e representa uma ameaça à economia do país num momento de crise internacional. Este foi o tom do ato público realizado na tarde desta segunda-feira (08), na Assembleia Legislativa.

O líder do PT na Assembleia, o deputado Rui Falcão, esclareceu na abertura a proposta do ato público. “Antes de tudo, este é um ato de resistência para conter a sanha dos privatistas, tucanos e demos, que não perdem a oportunidade e querem entregar as maiores riquezas do país à iniciativa privada”. Segundo ele, o ato foi convocado pelo entendimento de que a CPI da Petrobras é uma ameaça ao país, “pois o que está em jogo são os interesses econômicos da descoberta do pré-sal e a definição do marco regulatório do petróleo”, explica Falcão.

O presidente do PT-SP, Edinho Silva classificou a Petrobras como uma empresa pública de papel estratégico no desenvolvimento do projeto nacional e, a CPI proposta pela oposição, apenas tenta enfraquecer a sua imagem perante a sociedade. “Temos que politizar essa questão. A nação brasileira tem que entender que essa CPI tem interesse político partidário, que o que está em jogo de fato é a disputa de projetos, pra onde vai o Brasil”, disse.

Segundo ele, a CPI foi criada exatamente num momento em que a grande agenda nacional é o marco regulatório da exploração do pré-sal. “Ainda não temos a total dimensão do que o pré-sal vai representar. O que sabemos é que isso pode significar um novo modelo de desenvolvimento para o país. Pode significar uma nova perspectiva de vida para o povo brasileiro, para os filhos dos trabalhadores, igualdade de oportunidades”, enfatizou. Ele relatou que a proposta do governo Lula é a criação do fundo soberano para investimento na educação, pesquisa e tecnologia. “Qualquer interesse está por trás dessa CPI, mas não tenho dúvida nenhuma que não é interesse da nação brasileira”.

Os investimentos da Petrobras de 2009 a 2013, superior a U$S 174 bilhões devem gerar mais de 1 milhão de novos postos de trabalho.

O deputado federal, Carlos Zaratini, também mencionou a importância do pré-sal e o salto de desenvolvimento que o país terá, ao ser revertido em mais educação, saúde e moradia para a população. Zaratini também reforçou que a Petrobras é a maior responsável pela superação da crise internacional no Brasil. “A campanha de defesa da Petrobras é uma campanha de defesa do Brasil”, disse.


Privatismo

A disputa de projetos também foi enfatizada pelo deputado Pedro Bigardi do PCdoB. Segundo ele, o que está em jogo é o projeto estratégico político para o país de recuperação social e de geração de riqueza. “Esse projeto está sendo disputado com aqueles que vendem o patrimônio nacional, entregam nossas empresas”.

A deputada estadual Beth Sahão destacou o papel e a responsabilidade social da empresa, financiando diversos projetos importantes pelo Brasil, em especial, na área de cultura e meio ambiente. “A oposição sempre buscou através da crise desgastar o governo, hoje busca desgastar a Petrobras através dessa CPI”, disse.

O deputado Vicente Candido, líder da minoria na Assembléia, enfatizou a intenção do governo tucano em privatizar a Petrobras e outras empresas públicas importantes para o desenvolvimento. “Só não venderam a Nossa Caixa para a iniciativa privada porque a legislação impedia e, mesmo assim, repassaram para o Banco do Brasil”. Segundo ele, fazer oposição faz bem e é democrático, mas tem que ser “conseqüente e séria” para não comprometer a sociedade.

Carlinhos Almeida, deputado estadual, falou da ameaça de privatização da Petrobras no passado e, que essa ação só não foi efetivada pela vitória de Lula por duas vezes. “Essa CPI todos nós sabemos que não é uma iniciativa de fiscalização do executivo. Ela só tem um objetivo, que é enfraquecer a Petrobras e a economia do Brasil nesse momento de crise”. José Candido concorda e, segundo ele, se os tucanos tivessem ganhado a presidência, a Petrobras já teria sido entregue à iniciativa privada. “Até mesmo nosso Aquífero Guarani seria privatizado”, brincou.

Já Roberto Felício destacou que a Assembleia tem um instrumento de luta que pode ser utilizado neste momento que é a Frente Parlamentar e que deve ser debatida com a bancada. “A CPI é um direito. Mas, esse contexto político é coisa de oposição desocupada que não tem como combater o governo exitoso de Lula. Isso é demonstração do desespero político. Essa CPI pode se constituir num instrumento antinacional”, argumentou. O deputado Adriano Diogo, que é geólogo, falou sobre a dimensão das reservas do pré-sal e a projeção que isso dará para o Brasil. “Isso muda a configuração nacional de forças. Muda a geopolítica”.

O vereador José Américo salientou que a elite nunca aceitou o monopólio do petróleo e que o pré-sal poderia comprometer os interesses privatistas. “Essa CPI tem por objetivo atacar o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Essa CPI é sem fato, sem sentido e, sobretudo, política”.

Nataniel Braia, representando o Partido Pátria Livre, também esteve presente e fez um discurso contundente contra as privatizações e defesa da Petrobras para desenvolvimento nacional.


Sindicatos

As centrais sindicais CUT, Força Sindical, CGTB e UGT também estiveram representadas. O presidente da CUT-SP, Adi Santos Lima, falou da concepção de Estado dos tucanos. “Os tucanos têm como concepção o Estado mínimo, apesar deste modelo neoliberal apresentar-se falido. Em São Paulo, isso é muito nítido, onde já privatizaram quase tudo e continuam insistindo em entregar a Cesp para a iniciativa privada. Por isso, nossa luta é por manter a Petrobras, mas também todas as empresas públicas que ainda restam, principalmente em São Paulo”, defendeu Adi.

O representante da CGTB, Aparecido Pires, classificou os tucanos como aves de rapina que “só ficam rodando as empresas a espera de uma brecha para entregá-las aos interesses do poder econômico dominante e acabar com a soberania do nosso país”. Avelino Garcia Filho, representando a UGT, ratificou o compromisso com a defesa da Petrobras e do Brasil.


Mais um ato em defesa da Petrobras

A CUT está formatando um novo ato de defesa da Petrobras, dessa vez nas ruas. A concentração será na frente da Petrobras em São Paulo (na Paulista). De acordo com o presidente do PT-SP, a ação terá apoio. “É uma iniciativa que acumula. Tantas outras devem ocorrer no território nacional para que a gente possa chamar a sociedade brasileira a debater o que está acontecendo, quais os interesses que estão por trás do desgaste da imagem da Petrobras”, disse Edinho.

O deputado federal, José Genoino também ressaltou a importância de mobilizações como essa para mostrar à sociedade qeu “se trata de uma luta política e nessa luta temos que juntar a rua e a resistência no parlamento. Quero me somar a essa mobilização e vamos preparar um grande ato em São Paulo, um ato representativo em defesa da Petrobras”, disse.

Participaram do ato: deputados estaduais (pelo PT: Rui Falcão, José Candido, Maria Lúcia Prandi, Vicente Candido, Enio Tatto, Carlinhos Almeida, Roberto Felício e Adriano Diogo; pelo PC do B: Pedro Biargi); deputados federais (pelo PT: Carlos Zarattini e José Genoíno); representantes das centrais sindicais (Adi Santos Lima – CUT; Juruna – Força Sindical; Avelino Garcia – UGT e Aparecido Pires – CGTB); vários sindicatos, entre eles, Confederação Nacional dos Metalúrgicos, Carlos Alberto Grana; Federação Única dos Petroleiros, Antonio Carlos Spis; Sindicato dos Químicos do ABC, Pedro Lage; Confederação Brasileira do Vestuário, Eunice Cabral. Também estiveram presentes os vereadores da Capital Ítalo Cardoso, José Américo, Francisco Chagas e Alfredinho; o presidente do PT-SP, Edinho Silva; prefeitos e vereadores do interior do Estado e representantes de movimentos sociais.

PT-SP (www.pt-sp.org.br)

Fonte: http://www.pt.org.br/portalpt/index.php?option=com_content&task=view&id=77211&Itemid=195

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